sábado, 30 de junho de 2007

Debulhar caminhos

Debulhar os caminhos
Com os braços que vão
Surgindo
Hora retrocedendo
Em outra volta seguindo
Apesar dos espinhos
O novo sonho
Vai se construindo.
O bicho e a palavra

Na mobilidade
Imóvel da palavra
Entre a barreira
Da vontade e da realidade
Qual será a celebridade?
Se não o bicho gente
Em vulnerabilidade e combate.
Não fico mais
Sentado, deitado, parado
Respirando os ventos
Os ventos negros
Saio sufocado
Mas não paro
Saio enjaulado
Beijando o ar
Da liberdade
Tão tumultuado.
Vamos encarar de frente
O inimigo está presente
Ele é envolvente
Um bom persistente
Ele trama por trás e pela frente
Cuidado para não virar cliente
Cego e crente
Seja forte e resistente
E tire o burguês da frente.

quinta-feira, 28 de junho de 2007


O sangue transborda pelo chão

Mais um trabalhador decai na opressão

O sangue alimenta o transtorno

Provoca um sonho novo

O povo Arquiteta uma virada

Uma mudança disparada

No chão, terra firme da consciência

Povo e sangue fazem revolução.


Esticar os braços

Aumentar os passos

Beber do combate

Não fugir do embate

Disfarce é o traje

Do inimigo de classe

Braços cruzados

É a bala do teu abate.






A nossa voz chamará à aurora

E ela não escutará

A aurora não vem

Com o nosso cantar

Aurora, aurora está chegando hora

Não hei de esperar a tua demora

Sem tréguas, sem cessar

A lutar continuará

Pois a aurora só vem com muito labutar.